R/C: MAIS DE 50 PILOTOS PARTICIPAM EM COIMBRA NA TAÇA DE PORTUGAL

O Miniautódromo do Estádio Universitário de Coimbra recebe este fim de semana a Taça de Portugal de R/C, a festa do radiomodelismo nacional, que pela primeira vez junta no mesmo evento pilotos que competem nas escalas 1/5 GT; 1/5 F1; 1/10 TC; 1/10 F1 e 10-200.

Ao todo 59 pilotos (1/5 GT, 12; 1/5 F1, 5; 1/10 TC, 18; 1/10 F1, 12 e 10-200, 12) estiveram este sábado, nas boxes da pista da Secção de Radiomodelismo da Associação Académica de Coimbra para treinar e participar nas mangas e qualificações que vão ditar a ordem das finais que se realizam este domingo, 30 de junho. Sendo que, a organização da prova AAC – Secção de Radiomodelismo da Associação Académica de Coimbra e ACRP – Clube de Radiomodelismo do Porto, esperam para este domingo a chegada de mais alguns pilotos que este sábado não puderam estar presentes.

Durante a tarde deste sábado, o público presente, teve oportunidade de ver as primeiras qualificações que se prolongam por parte da manhã deste domingo. As finais começam no final da manhã de domingo e prolongam-se pela tarde com a cerimónia de entrega de prémios a ter lugar cerca das 16h00.

O ambiente na zona das boxes fervilhava com pilotos e mecânicos em frenesim à procura do melhor acerto para os respetivos bólides. Se nas classes 1/10 TC e 1/10 F1 o ambiente passava, ainda, por momentos de alguma descontração e convívio, já nas boxes dos 10-200 e dos 1/5 GT e 1/5 F1 pilotos e mecânicos não paravam. Desapertar parafusos, tirar rodas, limpar e preparar motores, acertar direções e suspensões e verificar os travões que, nos 1/5 são hidráulicos não deixava muito espaço a descontração.

Francisco Henriques a trabalhar no carro de Rúben Francisco
Hugo Miguel, à esquerda, Campeão Nacional 1/10 TC em título

Ficamos impressionados com as máquinas 1/5 GT e F1. Autênticos automóveis em ponto pequeno. Uma escala exigente a requerer muito conhecimento técnico e de custo mais elevado, uma vez que um carro novo pronto a correr pode ascender com facilidade aos 6 mil euros. Mesmo que as escalas elétricas mais pequenas ou os de combustaão (10-200) atinjam andamentos elevados, não se compara ao poder de aceleração dos 1/5 com potentes motores a combustão atingem velocidades na ordem dos 100 km/h.

Pilotos agradados com a prova e expectantes para as finais

1/10 F1 – Daniel Lima
1/10 F1 – Paulo Bártolo
1/10 F1 – Franco Vilarinho

Tablier.pt acompanhou durante a tarde as mangas e qualificações realizadas e constatou a agradabilidade dos pilotos em participar neste evento pioneiro que junta diversas classes. Além do convívio sublinharam a importância do reforço de amizades, a troca de experiências e até o contacto com escalas diferentes da que estão habituados a lidar. O facto de as diferentes mangas se realizarem em ritmo ‘non stop’, isto é, a pista esteve sempre ocupada por uma das escalas (exceções muito curtas para os momentos de limpeza de pista, necessários para garantir a segurança das máquinas), contribuiu para o bom ritmo das mangas/qualificações e para que a animação fosse uma constante para quem visitou o Miniautódromo do Estádio Universitário.

Taça de Portugal conjunta: ideia pioneira poderá repetir-se

Jorge Simões

Jorge Simões, responsável pela Secção de Radiomodelismo da AAC, é o “pai” da ideia da realização da Taça de Portugal em Coimbra, em parceria com a ACRP – Clube de Radiomodelismo do Porto, pois foram, segundo afirmou, os únicos clubes que se apresentaram como disponíveis para receberem eventos da Taça de Portugal. Daí que o responsável da secção da AAC ter pensado e proposto à associação congénere do Norte a realização conjunta da prova, iniciativa que teve a aprovação da FEPRA.
Jorge Simões, que também é piloto, desta vez teve de abdicar do prazer de condução do seu carro em pista e assumir a responsabilidade de ser cronometrista da Taça de Portugal.

Questionado sobre a forma como estava a decorrer a prova mostrou-se satisfeito pelo andamento das mangas e qualificações: “a sensação é espetacular. Estamos aqui desde as 8h30 da manhã e ainda não houve um único momento em que a pista estivesse parada. É um conceito bastante interessante. É a primeira vez que fazemos isto. A Taça de Portugal geralmente era separada, cada classe fazia a sua. Este ano entendeu-se fazer um conceito diferente. Foi um desafio. Está a dar-me bastante gozo porque fui eu que tive a ideia e, ao mesmo tempo, deverá ser o meu último evento como dirigente da secção. Por isso este evento é muito marcante”.

Jorge Simões: as condições de pista estão óptimas

O dirigente referiu ainda não poder estar presente como piloto e viver “este conceito que é muito giro. Além de que muitos carros em pista geram níveis de grip a que não estamos habituados a ter nas nossas pistas. As condições estão óptimas e os níveis de aderência estão bastante altos”.

Quanto à parceria com o ACRP está a decorrer muito bem “eles são bastante experientes. São pessoas acessíveis. Tudo está a correr super bem”.
Jorge Simões referiu ainda a zona nova que destinaram ao público com lugares sentados que tem sido muito procurada suplantando a expetativa de visitantes ao Miniautódromo.

Pedro Pereira: aposta num evento à escala de um campeonato da Europa

Pedro Pereira

“A ideia criada inicialmente pelo Jorge Simões foi-me colocada como esboço porque eramos os únicos candidatos a Taça de Portugal este ano e em vez de termos várias mini provas fazemos uma prova grande, onde também existe partilha, conhecimento, camaradagem, convívio. Dar a conhecer outras escalas, outros andamentos, outros estilos de condução”.

Devido aos pilotos que são esperados para este domingo, 30 de junho, Pedro Pereira salientou o facto de terem realizado “algumas alterações ao nível dos horários para poderem dar mais ‘run time’ aos pilotos para poderem aproveitar melhor o dia. Além da componente competitiva”.
O responsável do ACRP frisou ainda que domingo [30 de junho] temos “as finais que são a doer e muitas vezes de ‘faca nos dentes’ mas estamos aqui para orientar e encaminhar a corrida”.

Pedro Pereira sustentou ainda que as condições de pista estão muito boas bem como o nível de aderência. E deixou um repto aos pilotos que não aderiram a “este projeto novo, a esta ideia nova”, que experimentem. E que em vez “de 60 pilotos termos 80 ou 100 e fazermos um evento, cá ou noutro sítio, à semelhança de um campeonato da Europa ou do Mundo. Mas cá, entre portas, com os nossos pilotos a esquecer um bocadinho a pressão do campeonato a competir sem stress só pelo prazer da condução”.

A Taça de Portugal realiza-se sob a égide da FEPRA – Federação Portuguesa de Rádio Modelismo. A propósito da prova a federação refere que atendendo à sua especificidade e «uma vez que o espírito é o de promoção do Radiomodelismo» decidiu criar uma exceção: «aos pilotos que não consigam participar nas qualificações vai ser permitido alinharem na última sub-final de acordo com a ordem de inscrição. Por isso já não há mais desculpas para não virem à Grande festa do Radiomodelismo em Portugal, a Taça de Portugal 2019 em Coimbra», concluí a federação.

Direcção de Prova
Diretor de prova e árbitro: Emanuel Marques | Árbitro: Pedro Pereira | Cronometragem: Jorge Simões | Verificadores Técnicos: Rui Seabra e Tiago Pereira

Como Chegar
A pista da Secção de Rádiomodelismo da AAC encontra-se entre as mais bem localizadas do país. Junto ao Portugal dos Pequenitos, no complexo do Estádio Universitário, tem uma localização central na cidade de Coimbra, com óptimos acessos e parque de estacionamento.

GPS: 40º12’21,41”N * 8º25’59,70”W

10/200
1/10 F1
1/10 F1
1/10 TC
1/5 F1
1/5 F1
1/5 F1
1/5 GT
1/5 GT

#TablierMagazine
Fotos:
@Valdemar Jorge | TablierMagazine

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