MOTOGP: MAVERICK VIÑALES VENCE NA AUSTRÁLIA

Austrália. Se não viu a corrida fique a saber que a Yamaha quebrou, no GP da Austrália, em Philip Island, o jejum de vitórias que já durava há 25 provas. Se está a pensar que resolveram “finalmente” os problemas, deixe-me dizer-lhe que Marc Marquez foi obrigado a abandonar. Felizmente o campeonato já está decidido ou, julgo, o espanhol não teria sido tão compreensivo com a situação que foi provocada por Zarco – um forte impacto na traseira, ao fundo da reta da meta. Zarco, quase por milagre, voou a uma velocidade a que poucos o devem ter feito (já que na reta da meta do circuito se ultrapassam os 300 km/h). Felizmente escorregou pela zona relvada e levantou-se, tranquilizando quem assistia, tal a violência do impacto provocado por ele, exclusivamente.

E o vencedor foi? Se pensou Rossi, enganou-se – foi Maverick Viñales, que se isolou na frente à 7.ª volta, e conseguiu confortáveis 3 s de vantagem, que foram decisivos no final. Philip Island é uma prova mais de pilotos do que de marcas mas, mais fundamental hoje terá sido a escolha de pneus e o uso que lhes foi dado. Sem chuva, nem vento frio a soprar do mar, – que já fizeram muito estragos noutras edições – a opção por pneu Soft de Viñales e o evitar a luta inicial em que o colega de equipa recuperou e batalhou mostrando andamento das Yamaha (tirando nas retas onde chegou a perder dois lugares de uma assentada), Viñales teve uma corrida à sua medida, depois de largar em 2.º, cair para o 9.º lugar – onde se terá poupado para, na altura certa, depois da queda de Marc e Zarco, tomar a dianteira e provocar a alegria que na box da Yamaha todos pareciam ter esquecido há muito, cortando a meta com 1,54 s de vantagem.

Rossi andou muito, andou bem, mas acabou a perder lugares em vísivel falta de tração no pneu traseiro, cedendo mesmo o 5.º lugar para Rins, a instantes do final, numa curva em que a traseira não correspondeu ao solicitado – por erro ou desgaste do pneu – mas, ainda assim, rubricou uma intensa batalha com Dovizioso (3.º), que soma mais pontos de vantagem, com Bautista (4.º) que se revelou uma boa escolha da Ducati supreendendo pela positiva e com Iannone (2.º), com um conjunto afinado, potente, convincente e eficaz.
Em bom nível Ducati, Suzuki e KTM (marca que fechou o Top 10), além da Yamaha que, apesar da vitória, ainda não convenceu.

A prova foi viva, fácil de ver e com muita ação, mas tudo teria sido – provavelmente – mais igual às últimas provas, não fosse a colocação louca de Zarco atrás de Marquez e consequente pancada que danificou a sua mota, forçando o já definido campeão a abandonar, não deixando ver como seria a corrida com todos na luta.
Faltam duas provas para o final de mais uma temporada. Conhecido o campeão temos ainda, por resolver, o vice-campeonato. Andrea Dovizioso é o atual vice com 210 pontos, seguido por Valentino Rossi com 195 pontos e o motivado colega de equipa, Maverick Viñales (que não ganhava há 28 provas), com 180 pontos. Dia 4 de novembro há mais.

Cerimónia do pódio é sempre um momento de alegria para os pilotos:

A próxima prova do Campeonato do Mundo de MotoGP – Shell Malaysia Motorcycle Grand Prix corre-se no circuito Internacional de Sepang de 2 a 4 de novembro.

Moto2: Miguel Oliveira termina na 11.ª posição no GP da Austrália

O GP de Moto2 da Austrália não deixa boas recordações a #44 Miguel Oliveira que acabou a prova na 11.ª posição, embora à frente de Francesco Bagnaia, atual líder do campeonato. Este foi o pior resultado do português que na próxima temporada participará pela KTM na prova rainha do MotoGP.

Brad Binder (KTM) colega de equipa de Miguel Oliveira foi o vencedor da prova com 39’23.427s, seguido de Joan Mir (Kalex) com o tempo de 39’23.463s e em terceiro classificou-se Xavi Vierge, também em Kalex, com o tempo de 39’24.376s.

Durante toda a corrida Miguel Oliveira não conseguiu aproximar-se dos pilotos da frente e com dificuldade andou nos dez primeiros. A prova à semelhança da de MotoGP foi muito disputada e também teve um momento menos bom. Lorenzo Baldassari a três voltas do fim caiu e abandonou a corrida.
Em termos de campeonato Francesco Bagnaia lidera com 288 pontos, sendo seguido de Miguel Oliveira, com 252 e em terceiro está Brad Binder. Quando faltam apenas duas provas para o final do campeonato restará a Miguel Oliveira defender a segunda posição, uma vez que Brad Binder reúne apenas 193 pontos.

Quadro Classificação Corrida MotoGP

Quadro Classificação Mundial de Pilotos MotoGP

Quadro Classificação Corrida Moto2

Quadro Classificação Mundial de Pilotos Moto2

Quadro Classificação Corrida Moto3

Quadro Classificação Mundial de Pilotos Moto3

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Fonte: MotoGP | Foto/Vídeo: MotoGP e MotoGP Twitter

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