Para muitos dos que pertencem à minha geração a experiência do ‘pronto-a-vestir´ foi uma alegria que só apareceu já numa idade onde apenas o livre arbítrio e uma consciência fortemente eivada pelos valores incutidos pela família nos resguardava de fazer grandes disparates, bem depois de concluído o, então, ensino básico. Até lá, era um artesão que conhecia cada ’empeno’ da nossa estrutura, cada assimetria – ainda que ligeira – de cada corpo, que talhava as peças de tecido que davam origem à cobertura impecável do nosso ser, com o que vestíamos, fruto de uma maravilhosa alfaiataria.
É esta a recordação que ecoa ainda e, se o apelo e gosto pela tecnologia é uma constante desta atual existência, há uma parte de nós que continua a reverenciar o trabalho artesão, tudo aquilo que tem uma característica patrimonial vinculada pela forma de fazer bem feito, sobretudo se tudo for capaz de traduzir puras emoções, potencialmente capazes de catapultarem os sentidos.
São três os vídeos que escolhi, depois do que ‘sofri’ num vídeo anterior em que apenas robots soldavam uma estrutura.
Espero que apreciem. Deixo-vos com uma certa maneira de fazer as coisas. Senhoras e Senhores, a Morgan. Enquanto há vida, há esperança!
