MOTOGP: MARC MARQUEZ VENCE PELA NONA VEZ GP DA ALEMANHA | MOTO2: BRAD BINDER BRILHA

Pramac Motorrad Grand Prix Deutschland, em Sachsenring, Alemanha

Grande Prémio da Alemanha. Marc Marquez (Honda) repete a receita do GP de Assen, e subiu ao lugar mais alto do pódio este domingo, ao vencer o GP da Alemanha no Circuito de Sachsenring, com o tempo de: 41:05.019.

Em 2.º lugar classificou-se Valentino Rossi, em Yamaha (5.º no GP de Assen), que completou a prova alemã em 41:07.215.

A fechar o pódio, em terceiro lugar, ficou o seu colega de equipa, Maverick Viñales. O piloto espanhol da Yamaha repete o terceiro lugar do pódio do GP de Assen, completando este GP da Alemanha em 41;07.795.

O resumo da corrida não é difícil. A reta do circuito de Sachsenring abre para uma curva cega, onde há regularmente “confusão”.  Os termómetros marcavam 36º C mas na pista mediam-se 48º C e nas bancadas muito mais calor se sentia. Grelha formada. Muitos dos olhos postos em Marquez, na frente e mais forte do que nunca, do topo da sua 48.ª pole position.  Nos últimos 5 anos ganhou aqui a classe maior, e antes mais 3 vitórias nos escalões inferiores – supremacia consecutiva, sem interrupções. Muitos outros estariam, provavelmente, a torcer por Rossi que fechava a 2.ª linha – isto a avaliar o amarelo dominante nas bancadas – mas as Ducati prometem cerrar dentes e dar luta até ao fim.

Aqui vamos nós para mais um teste de nervos. Arranque limpo…. Marquez 3.º, Rossi 4.º, Ducatis na frente. Previsível? Talvez… mas Lorenzo está em 1.º – e todos sabem o que isso significa. Se ganhar ritmo, com pista aberta, não vai ser fácil batê-lo… mesmo nesta pista onde Marquez tem sido o “Rei”. Muito parece depender dos pneus, a ver pela corrida de Moto2… vamos ver se têm um papel decisivo. É sempre conveniente conservar borracha mas como? Lorenzo já vai a tentar fugir, logo ele que é um dos concorrentes “suaves” a pilotar.

E segue a história da corrida. Cal passa Viñales na curva depois da primeira passagem na meta. E Rims cai. Espargaro cai. Os pneus, sempre os pneus e a pista a não perdoar… E mais uma queda de 4 pilotos.

Cal Crutchlow está em modo ataque mas Marquez também e passa Petrucci, talvez para não deixar Lorenzo ir embora. Rossi vai ter que fazer algo mas vai calmo, sereno e não parece ainda ao ataque. Muito combustível no depósito significa muito peso e muito desgaste nos pneus, se a pilotagem for agressiva. Nos cronómetros a verdade é que Marquez está a ganhar décimos, o que significa que tem andamento para Lorenzo, na Ducati.

Os 5 primeiros rodam em 1 minuto e 22,0… e Rossi está com eles. A 22 voltas do fim passa e entra no pódio – ainda falta muita corrida para ter o 3.º como lugar seguro quando os dois primeiros já foram embora.

A corrida vai ditando as sortes de cada um. Danilo Petrucci recupera a Cal. Marquez, agora com 0,9 s de avanço sobre Rossi, está em cima de Lorenzo. Só se ouvem os motores… cada um reza, torce, pede pelo seu favorito. A fazer uma boa corrida, Cal Crutchlow, cai também – fim de semana difícil. Já para Álvaro Bautista a sorte parece sorrir. Segue em 8.º quando volta a bater a volta mais rápida do circuito. Quem disse que a corrida é na frente? Há motivos de interesse e despiques a cada curva, a cada reta.

Será que Marquez vai tentar passar ou esperar, colocando pressão em Lorenzo, esperando pela erro, pela oportunidade? Petrucci e Dovizioso são agora os 4.º e 5º mas Bautista já está em 6.º – grande Alvaro a fazer uma fantástica corrida.

Rossi roda em 1:21 e, mais à frente, em 1:22 quando acontece o que previmos – Lorenzo alarga a trajetória e quase abre a porta a Marc. Terá sido o sinal de cansaço, de falta de pneus. A luta acende e Marquez passa. Talvez tenha sido a informação de que vem lá o Rossi.

E vinha mesmo… rapidamente ficam encostados, os 3 primeiros. Faltam 16 voltas mas sente-se que Rossi vai atacar a Ducati, está com ritmo, com a já mítica magia do “The Doctor” aos domingos. Marquez aproveita para começar a fugi mas Rossi não demora muito a passar para 2.º , numa perda de frente de Lorenzo. O desgaste do ritmo que imprimiu no início fez estragos – agora há que minimizar os estragos.

Os dois primeiros do campeonato nos dois lugares da frente com Rossi a recuperar centésimos. No entanto, Lorenzo não se entrega e ataca no fim da reta. Rossi recupera mas esta luta dá o espaço a Marquez que ele precisa para conseguir uns meros 0,9 s de distância – uma tranquilidade.

E a corrida vai progredindo. Os primeiros rodam agora no segundo 21, bem alto, quase 22. Rossi a 11 voltas do fim baixa a diferença para 0,6 s como se pode ver na placa para o líder. Viñales, roda agora em 11º, mas parece ter encontrado confiança e velocidade, enquanto Marquez, picado pela informação, enrola o punho – bate o record da volta… e abre o fosso. A Honda está equilibrada e forte… nem as habituais atravessadelas surgem – vai sobre carris.

E Bautista começa a convencer-se que é a sua corrida do ano – está em 5.º Mais uma volta. 1,2 de diferença – Marquez começou a castigar a borracha. Certamente sabe que já falta pouco e agora pode fazê-lo. A Yamaha parece não ter andamento ou Rossi prefere jogar pelo seguro – o que não é comum, mas um 2.º lugar será o melhor lugar desta temporada. Será que Marquez faz um erro? Não Marquez rubrica nova volta mais rápida outra vez – 1:21,6 s.

Rossi continua como Marquez, numa corrida sem erros, mas a Yamaha não sai das curvas como a Honda. Se a marca quiser ver melhores resultados, vai ter que fazer mais alguma coisa – a 8 voltas do fim a diferença é de 1,7 s – uma eternidade. Mais atrás Viñales passa Dovi enquanto Bautista, na sua frente, parece querer o lugar de Petrucci. Rossi parece um relógio suiço e faz 3 voltas no 1:22.0 mas Marquez roda no 1:21.9 – não dá, não tem velocidade.

Faltam 6 voltas para terminar quando Lorenzo faz asneira e quase é apanhado por Petrucci. Mais uma batalha aberta – Lorenzo parece sem pneus. Petrucci não desiste e passa a 5 voltas do fim. Podim para a Pramac? Será? É cedo para saber. Agora é Viñales a querer o lugar de Lorenzo. Já está. Parece que afinal Bautista ainda vai sentir uma pequena contrariedade.

Passa o tempo e Marquez soma 3 segundos de vantagem. Rossi parece confortável no 2.º lugar e a gerir a posição, numa altura em que Lorenzo e Alvaro Bautista medem forças. Viñales vem em bom ritmo e ataca Petrucci. Lorenzo abre de novo e lá vai Alvaro Bautista para o 5.º lugar.

Tudo parece indicar que vamos ter 2 Yamaha no pódio. Petrucci luta com unhas e dentes… mas Viñales passa mesmo assim o que confirmou as nossas suspeitas. Faltavam 2 voltas apenas para Marquez se sagrar Sachsenring King – 9 vitórias em 9 corridas seguidas – seguido por Rossi e pelo seu colega de equipa que faz também uma corrida de boa memória. Excelente prestação de Bautista. No campeonato Marquez soma mais 5 do que Rossi e consolida diferença – são 46 pontos de diferença para o número 46, Valentino Rossi – quem diria, com a idade dele, a bater-se com os melhores.

A próxima prova, a 10.ª do Campeonato do Mundo de MotoGP – Monster Energy Grand Prix České Republiky –, realiza-se no Autódromo de Brno, na República Checa de 3 a 5 de agosto.


Moto2: Brad Binder vence GP da Holanda

 

Partida. Arranque forte de Miguel Oliveira que “salta” da 15.ª posição para o 9.º lugar, decidido a fazer uma boa prova, mas Marini – irmão de Rossi – mostra que sabe sair e avança para o primeiro posto. Com concorrência é forte, no “calor” da disputa na curva 13 na segunda volta o piloto português e Xavi Vierge tocam-se, mas ninguém cai.  Miguel Oliveira consegue segurar a mota e por pouco a corrida podia ter ficado comprometida, mas consegue segurar-se e não há drama. Perde duas posições (12.º). Na frente Marini, Bagnaia e Pasini.  Mattia Pasini exagera, cai e na sequência da queda arrasta Francesco Bagnaia, que se equilibra fora de pista e consegue voltar perdendo muitas posições. Apenas duas voltas de prova e as quedas e toques na pista alemã sucedem-se a um ritmo acelerado. Lorenzo Baldassari também cai. Miguel Oliveira vai subindo no pelotão e a 26 voltas está em sétimo.

Na frente de corrida Joan Mir, que nunca comandou nenhuma corrida esta temporada, segue confiante com Luca Marini na sua roda, enquanto Miguel Oliveira lá vai subindo posições e quando faltam 24 voltas é 6.º. Em terceiro Binder, colega de Oliveira.

Oliveira deslumbra, numa batalha cerrada com Alex Marquez, agressivo q.b. e continuam a cair pilotos. Ainda antes do meio da prova nova queda: Danny Kent e Romano Fenati que estavam no Top 10 abandonam enquanto o piloto português pressiona Sam Lowes (5.º). Na frente, segue um trio compacto, já a “cavar” fosso para o resto do pelotão. Brad Binder ultrapassa Luca Marini e fica em 2.º, mas não contente de uma assentada ultrapassa Joan Mir e assume a liderança da corrida – são estes os pilotos da frente: Brad Binder, Joan Mir e Luca Marini.

Um pouco mais atrás, Miguel Oliveira, assume o quinto lugar ultrapassando Sam Lowes. Continuam as quedas – a pista não perdoa erros sobretudo a quem roda com pneus duros – opção do #44, luso. Confiante segue para mais uma batalha: lutar por lugar no pódio, quando faltam 10 voltas para o termo da corrida.

Os três pilotos da frente com andamento forte mantêm uma confortável distância. São dois grupos de três pilotos. Mas Marcel Schrotter e Miguel Oliveira pressionam e tentam colar-se ao grupo da frente que segue com andamento muito forte.

O piloto de Almada não desiste. À semelhança da última corrida, vai subindo na tabela e desta vez, com maior sucesso. Pressiona e ultrapassa Schrotter tenta colar-se a Luca Marini que, é agora terceiro depois de troca de posição com Joan Mir. Mais à frente Brad Binder segura a primeira posição.

A sete voltas do fim Miguel Oliveira está a menos de 1 segundo do terceiro lugar. Nesta altura faz trajetórias certas, evolução em pista é irrepreensível, mas a KTM não está no ponto certo e a distância para Luca Marini não desaparece. Atrás a meio do pelotão Francesco Bagnaia, líder do campeonato, seguia em 13.º lugar.

Enquanto isso Luca Marini ia lutando pelo lugar no pódio (3.º) mas Miguel Oliveira tentava aproximar-se quando faltam 4 voltas para o fim. Brad Binder segue seguro na frente da corrida e aumenta o ritmo. Miguel Oliveira mantém posição, não conseguindo aproximar-se de Luca Marini.

Até ao final não se registam alterações com os pilotos a segurarem bem as suas posições e a perceberem que não vale a pena arriscar e perder lugar no pódio e importantes pontos. O primeiro a passar a linha de meta é Brad Binder (primeira vitória em Moto2, colega de equipa de Miguel Oliveira), Joan Mir fica em segundo (o seu melhor lugar) e Luca Marini, que ainda tentou atacar por fora, na última curva, sem sucesso, fica em terceiro (estreia-se no pódio de Moto2) à frente de Miguel Oliveira que termina o GP da Alemanha em 4.º lugar.

E lançam foguetes pela primeira vitória do sul africano Brad Binder que, na entrevista final diz que tinha “zero” pneu de trás e que mal podia tocar no acelerador… isto explicaria a razão de Oliveira, no final, não atacar mais – embora tenha feito uma maravilhosa corrida.

 

Miguel Oliveira ruma agora para umas curtas férias de verão. Na bagagem leva a consolidação do seu 2.º lugar na geral do campeonato, com 141 pontos, a apenas 7 pontos do líder Francesco Bagnaia (148) em terceiro no campeonato está Alex Marquez, com 113 pontos.

Celebração pódio Moto2

 


Quadro da Classificação MotoGP


Quadro da Classificação Mundial de Pilotos MotoGP


Quadro da Classificação Moto2


Quadro da Classificação Mundial de Pilotos Moto2


Quadro da Classificação Moto3


Quadro da Classificação Mundial de Pilotos Moto3

 

# TablierMagazine
Fonte: MotoGP.com | Fotos/Video: #44 Miguel Oliveira / MotoGP.com / MotoGP.com Twitter

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