MOTO2: #44 MIGUEL OLIVEIRA É VICE-LÍDER DO CAMPEONATO

MOTOGP: Marc Marquez vence GP de França e lidera campeonato

Grande Prémio de MotoGP de França marcado por quedas. No final das 27 voltas ao circuito de Le Mans foi Marc Márquez quem subiu ao lugar mais alto do pódio, amealhando ainda a liderança do Mundial.

Registe-se que, com esta vitória, o campeão do mundo avança em passos largos para uma possível renovação do título. Marc Marquez chegou a Le Mans vindo de vitórias em Austin e Jerez e, na classificação do mundial tinha atrás de si Johann Zarco (58 pontos), Maverick Viñales (50), Andrea Iannone (47), Andrea Dovizioso (46) e Valentino Rossi (40).

No entanto, a corrida deste domingo viria a causar dissabores a boa parte dos mais diretos competidores de Marc Marquez, o que lhe facilitou a vida em pista. Uma corrida cuja grelha mostra bem o nível competitivo atual – com 4 marcas diferentes nos primeiros 4 lugares.

O francês Johann Zarco (Yamaha Tech 3) que tinha conseguido a pole-position começou mal a corrida perdendo a posição para Jorge Lorenzo que, nas primeiras voltas, liderou o pelotão. Mas, liderar não é só estar à frente, é preciso manter a posição, e o espanhol, a pouco e pouco foi sendo ultrapassado pelos pilotos que lutam pelas primeiras posições do campeonato.

Ainda no início da corrida começou a “dança” das quedas. Andrea Iannone (Suzuki) foi o primeiro a cair, sendo o único piloto que não concluiu a primeira volta. Aos seis minutos de prova foi Andrea Dovizioso (Ducati) que caiu, depois de ter passado Jorge Lorenzo.

Enquanto Marc Marquez e Johann Zarco lutavam pelo segundo lugar, o francês da Monster Yamaha Tech 3 caía, facilitando a vida a Marquez que, deste modo, ficou sozinho na luta pelo lugar mais alto do pódio. E não demorou muito, foi ainda antes do meio da corrida que Marquez chegou à frente do pelotão, como gosta. Até ao final das 27 voltas ao traçado francês de Le Mans não se registaram mais incidentes, a não ser as habituais lutas pelos lugares cimeiros.

Danilo Petrucci surpreendeu e, se houve uma fase da corrida em que se acreditava que a Yamaha de Valentino Rossi o podia alcançar, veio a comprovar-se que o seu ritmo estava elevado.

Mesmo com este resultado Viñales mantêm a 2.ª posição no campeonato que Rossi gostaria de ganhar. Tudo está em aberto mas, a cada prova, Marquez vai-se afastando confortavelmente (já soma 36 pontos de vantagem).

Zarco carregava nos ombros a esperança de, provavelmente, todos os franceses. A vontade de ver um francês no primeiro lugar, a correr em casa, pode bem ter sido o “peso” que o fez perder a frente, num circuito que não perdoa a quem facilita. Mais um ano passará sem essa alegria em LeMans (a última vez foi em Paul Ricard e já lá vão muitos, muitos anos).

Subiram ao pódio ocupando o 3.º lugar, Valentino Rossi (Yamaha), o 1.º, Marc Marquez (Honda) e 2.º lugar coube a Danilo Petrucci (Ducati).

A próxima prova, a 6.ª do campeonato de MotoGP, corre-se de 1 a 3 de junho – Grande Premio d’Italia Oakley, em Mugello.

Quadro da Classificação MotoGP

 


Quadro da Classificação Pilotos MotoGP


Moto2: Miguel Oliveira reforça posição no top 3 do Mundial

Moto2. Mais uma vez veio a confirmar-se o que tínhamos perspetivado no sábado de qualificação do GP de França. Miguel Oliveira fez uma corrida que foi muito exigente e tudo fez para conseguir alcançar o top 3 da classificação. Terminou na 6.ª posição, mas consolida o lugar de vice-líder do campeonato, o que abre boas perspetivas para a próxima corrida da temporada, Grande Premio d’Italia Oakley, que se disputa de 1 a 3 de junho, em Mugello.

Miguel Oliveira sexto em Le Mans

Miguel Oliveira terminou o fim de semana mais difícil da temporada até ao momento com o 6.º lugar em Le Mans, França. O piloto da Red Bull KTM Ajo com este registo consegue a sua melhor posição conquistada no GP francês e ascende assim à segunda posição na classificação geral, a 25 pontos do líder do Campeonato.

Tendo saído da 4.ª linha de grelha, Miguel Oliveira conseguiu fazer um espetacular arranque, completando a volta de abertura na quinta posição. Várias manobras de ultrapassagem ocorreram entre o piloto de Almada e outros pilotos, incluindo o seu colega de equipa Brad Binder. Miguel Oliveira ficou em sexto na sétima volta, depois de passar o colega sul-africano. Nas seis voltas restantes para a bandeira de xadrez, Miguel Oliveira lutou pelo 5.º lugar até à última volta.

O piloto de Almada no final da prova comentou: “estou satisfeito com o nosso sexto lugar porque melhorámos comparativamente ao ano passado e porque estamos em segundo na classificação geral, o que é importante. O problema para nós foi, no início da corrida, outros pilotos terem mais aderência e conseguirem ir mais rápido do que nós; faltou-nos velocidade. No final consegui pilotar ao ritmo dos pilotos da frente, mas já foi tarde demais. Ainda assim, falta-nos algo e estamos a debater-nos um pouco, por isso precisamos de algo mais. Felizmente a equipa está a trabalhar empenhadamente. Agora temos um teste antes de Mugello, que tenho a certeza que será bom para nós; tanto para mim, pessoalmente, como para a mota, pois queremos dar um passo em frente. Le Mans era a prova mais difícil que tínhamos marcado no calendário, já está feita e vamos atrás de um bom resultado em Mugello”.

Também Aki Ajo mostrou satisfação pela prestação do piloto português: “temos de estar felizes com os resultados de hoje, porque ambos os nossos pilotos conseguiram terminar no Top 10. O início do fim de semana foi muito difícil, assim como o sábado de manhã. Estou feliz com o progresso que fizemos nos últimos três dias, desde o ano passado tivemos dificuldades aqui com Miguel [Oliveira]. Melhorámos e não nos rendemos a qualquer momento. Fizemos melhorias durante o fim de semana da corrida é a coisa mais importante. Saímos daqui com mais pontos, estamos em segundo na classificação geral, com o Miguel, e na classificação da equipa. Na próxima semana vamos ter um dia de testes e outro depois da corrida em Mugello, pelo que as próximas três semanas são muito importantes para nós. Tenho a certeza de que vamos poder lutar por vitórias novamente”.

Após cinco corridas, Miguel Oliveira subiu para o segundo lugar da geral, com 73 pontos.

Resumo da corrida

Como já dissemos Miguel Oliveira terminou a quinta prova do Campeonato do Mundo de Moto2 na 6.ª posição, tendo largado do 10.º lugar da grelha de partida.

A corrida de Moto2 teve um pequeno desajuste na grelha de partida com Xavi Vierge (Kalex) a partir do pit-lane devido a problemas com a sua máquina. Este facto favoreceu Francesco Bagnaia, que detinha a pole-position e que fez uma partida sem erros assumindo, desde o arranque, a frente do pelotão. Na sua perseguição surge Alex Marquez. Estes dois pilotos assumem a liderança e pouco a pouco distanciam-se dos demais competidores. Mais atrás, o piloto de Almada, ia galgando posições, tendo logo, na primeira volta, ultrapassado Joan Mir e Lorenzo Baldassari.

Também a corrida de Moto2, à semelhança da prova rainha, viveu momentos menos bons com quedas de pilotos que comprometeram as respetivas prestações. Foi o caso de Isaac Viñales, que não chegou a terminar a primeira volta e de Iker Lecuona e Jorge Navarro que acabaram foram da pista.

Na dança das ultrapassagens Miguel Oliveira oscilou.

Inesperadamente foi passado por Joan Mir, seguindo-se Lorenzo Baldassari e Brad Binder, retrocedendo para a oitava posição.

As trocas de posição foram uma constante em Le Mans e as quedas também. Lorenzo Baldassari quando seguia à frente de Miguel Oliveira caiu e desistiu, beneficiando o piloto português que se aproximava do quinto lugar. Mas, atrás vinha um Xavi Vierge decidido a mostrar que ainda não tinha entregue os pontos. Mesmo com a contrariedade de ter partido em último o espanhol da Dynavolt Intact GP arriscou tudo e acabou por passar Miguel Oliveira assegurando desse modo o quinto lugar.

Francesco Bagnaia seguia seguro na frente da corrida. Só mesmo uma falha mecânica ou um erro de pilotagem poderiam comprometer a vitória do italiano. O que não aconteceu tendo cumprido as 25 voltas ao traçado francês em 40’40.162. Como no Qatar, Francesco saiu da pole e agarrou a primeira posição com unhas e dentes, ou melhor, punho enrolado.

A corrida, no entanto, esteve sempre interessante.

O nosso Miguel Oliveira pilotou suave e preciso, numa condução impecável, e lutou por cada ponto. Parece, no entanto, que a KTM ainda precisa de descobrir algo que lhes falta para rodar ao nível da frente. As últimas voltas ainda deixaram sonhar com mais uma subida de posição, que seria recuperada ao magnífico e imperial Xavi Vierge, mas talvez os pneus, ou o bom senso, tenham refreado o piloto da máquina #44 – arriscar e perder pontos, num circuito em que Baldassari não terminou e que permitiu ao luso Miguel ascender ao 2.º lugar do campeonato entre Bagnaia e Alex Marquez, não seria uma boa aposta.

Alex Marquez que fez uma boa prova mas queixou-se – no final da prova – de problemas elétricos ou de alimentação, sustentando que os pneus de trás da sua mota estavam no limite e teve medo que o motor da sua mota parasse. Foi assim que cortou, em 2.º lugar.

O pódio coube, por ordem de importância de pontos a Francesco Bagnaia (ao centro na foto), Alex Marquez (esquerda) e Joan Mir (direita), todos em Kalex.

Le Mans ficará, este ano, na memória de Vierge que saiu do final da grelha e subiu até ao 5.º lugar, numa prestação incrível, frente a mais de 100 000 espetadores, na pista que levou os pilotos ao limite, numa corrida onde ocorreram mais de 100 quedas.

O Campeonato do Mundo de Moto2 tem como líder Francesco Bagnaia (98 pontos), em segundo lugar está Miguel Oliveira (73), terceiro Alex Marquez (67), quarto Lorenzo Baldassari (64) e quinto Mattia Pasini (58).

 

Quadro da Classificação Moto2

 


Quadro da Classificação Pilotos Moto2


Quadro da Classificação Moto3


Quadro da Classificação Pilotos Moto3

#TablierMagazine
Fonte: MotoGP.com / #44 Miguel Oliveira Fotos: MotoGP.com / #44 Miguel Oliveira

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