Pista de Monsanto, 8 de abril de 2018
No fim-de-semana de 7 e 8 de abril, realizou-se a 1.ª Prova do Campeonato Nacional, Escala 1/10 Eléctricos Pista, mais uma prova organizada pelo RAC/CRB – Clube de Rádio Modelismo de Benfica, na Pista de Monsanto em Lisboa.
Durante a manhã de domingo, depois de um dia de treinos, decorreram as 4 séries de mangas de qualificação, a que se seguiriam as séries das finais A, B e C.
Condições meteorológicas severas acabaram por provocar a desistência de alguns pilotos, tal como tínhamos previsto, e por determinar a classificação sem a realização da última final, ou seja, “feitas as contas” já que a última final foi “wet race”.
As fotos que se seguem diferem apenas de um par de horas e dão uma ideia de como se tornou impraticável a realização da corrida, mesmo com pneus de chuva.
No início da tarde, a organização e os pilotos empenharam-se em reduzir os tempos mortos e antecipar a hora das provas, de comum acordo, aproveitando as condições da pista antes da chegada do temporal previsto. Mesmo assim, a aderência já estava muito comprometida em certas zonas do circuito e foram vários os concorrentes que se viram envolvidos em acidentes de corrida.

A organização da prova esteve em bom nível, tanto quanto conseguimos perceber.
Novos nestas andanças, e com a dupla missão de informar e de divulgar o rádio modelismo, fomos muito bem recebidos nesta vontade de seguir os pilotos e os seus mecânicos, os clubes e o material usado – bem como as regras e regulamentos de uma forma muito geral.
Com um cicerone magnífico – obrigado Fernando – conseguimos ter a noção da dificuldade que é fazer a cobertura destas provas pela dinâmica que encerram.
Se a zona das boxes fervilhava, também nas outras áreas da pista se vivia em bom ritmo, em linha com a capacidade impressionante das máquinas que tentámos registar.
A incomparável qualidade dos materiais usados na construção dos modelos é verdadeiramente incrível, sedutora e assustadora, ao mesmo tempo.
Simpaticamente recebidos por todos com quem tivémos oportunidade de interagir – mesmo tentando perturbar o menos possível as afinações e preparações específicas de cada piloto – a engenharia associada aos 1/10 elétricos será alvo de mais artigos, futuramente.
Diversas configurações são permitidas, e os chassis usados são bem diferentes, mesmo para um leigo, desde que atento.
Mas enorme é o cuidado e minúcia com que os procedimentos que antecedem as provas são levados a cabo.
Estávamos longe de suspeitar que os pneus mereciam tratamentos tão especiais e tão bem justificados, para melhor aderência. Estes carros são capazes de atingir velocidades relevantes – na reta principal disseram-nos que cerca de 70 km/h – o que torna necessário uma boa visão, bom controlo das travagens, e o uso de equipamentos de rádio controlo realmente fiáveis, além de motores de elevada performance.
Nada é deixado ao acaso e, até a cor dos modelos é bem ponderada – já que a visibilidade, do local de onde se controlam os pequenos bólides, será facilitada para carros com cores mais contrastantes.
Por outro lado, há especialistas em pintura e decoração das viaturas, opção que apesar de representar um investimento extra, acrescenta um diferente grau de realismo e, até, de afirmação pessoal.
A simpatia e a cordialidade pareceu-nos ser a tónica dominante de praticamente todas as conversas que encetámos, o que facilita muito o trabalho que equacionamos para o futuro.
O rigor nas verificações técnicas não tolera, contudo, ‘porreirismos’ e ‘amizades’.
No final de cada manga, tudo o que vimos foi verificado exaustivamente, do peso às voltagens das baterias, pneus e mais alguns detalhes da eletrónica envolvida neste apuro mecânico e tecnológico.
Fundamental, o trabalho dos diversos elementos em pista.
Nos intervalos, entre mangas, o nosso anfitrião foi-nos apresentando e mostrando os “cantos à casa”.
Sem esquecer os juízes da prova, a equipa de medição de tempos e o Presidente do Clube que ‘apanhámos’ nesta fotografia e a quem agradecemos a hospitalidade. Até no bar – que merece evoluir para outro patamar – conseguimos uma urbanidade de trato que já não é comum e só nos momentos de maior aperto, durante a competição, escutámos um vocabulário que nos fez lembrar que o campeonato é nacional – e a “escola do norte”, é seguida aqui e ali.
Ainda antes da próxima prova, que anunciaremos, tentaremos disponibilizar um pequeno vídeo com momentos da competição a que tivémos o privilégio de assistir.
Terminamos desejando que seja aplicável o ditado sobre os casamentos a esta 1.ª Prova do campeonato: Prova molhada, prova abençoada? Esperamos que sim.
[Galeria de fotografias, com alguns momentos da prova]
#TablierMagazine
Agradecimentos: Fernando Cordeiro / RAC/CRB – Clube de Rádio Modelismo de Benfica / FEPRA / Rute Silva / A todos os que figuram nestas fotografias e aos restantes, que connosco interagiram.
Obrigado.